Linda que só, com um estilo único e um sotaque bem marcado que logo entrega que ela é do Rio Grande Sul, Renata Callage só tende a crescer – e ser vista – com o seu blog, o Pink About It. Formada em relações públicas, ela nunca exerceu a profissão, em troca trabalhou por muitos anos em agências de publicidade, ora como executiva de contas, ora como produtora de rádio, tv e cinema. Além disso, também já passou na área de marketing do shopping Iguatemi. Quando decidiu mudar para a moda, também fez um pouco de tudo: desenhou uma coleção para a marca Vulgo, fez vestidos de festa para as amigas e uniformes para empresas, deu workshops de tendências e por último, trabalhou como stylist. Além disso, estudou um pouco de design de moda, virou mãe e agora em agosto parte para Londres por algumas semanas para estudar Fashion Communication na St. Martins. O Pink About It é atualmente seu único e exclusivo trabalho.
Currículo a parte, esse post é para falar de outra coisa que chama a atenção na Renata: seu estilo. Ela consegue fazer umas misturas, seja de estilos, texturas e estampas, de um jeito muito natural (sem forçar nada!) e que a gente demoraria muito tempo para acertar, isso se não desistirmos no meio do caminho! Coisa que só quem se conhece muito bem e sabe o que gosta e além de tudo se sente bem confortável com o que veste, é capaz.
Nesse SPFW ficamos no mesmo hotel por alguns dias e lembro que mal acreditei quando passei no quarto dela pra irmos para o QG e dei de cara com o look do dia: legging de paetê fosco, máxi tricô de pontos bem largos e um coletinho de pelúcia por cima. Sabe aquela mistura que até você ver, não dá para imaginar que é capaz de dar certo? Sem dúvida um dos looks mais incríveis que vi em toda aquela semana.
Até pouco tempo atrás, durante a gravidez e um ano depois que teve sua filha, Renata tinha um guarda-roupa de acordo com seu estilo de vida da época: muita malha, moletom, jeans e tenis faziam parte do seu dia-a-dia, que era cuidar da filha full time. Mas tudo com seu estilo bem impresso nas roupas “não era um guarda-roupa feio porque era autêntico” diz. Só então quando voltou a trabalhar – aí que o blog apareceu – ela começou a ter de novo contato com suas referências de estilo e “mais uma vez meu guarda-roupa foi acompanhando meu estilo de vida. Mas essas coisas já faziam parte de mim, só não estava lidando com elas todos os dias. Quando elas começaram a ser estimuladas, naturalmente todo o resto vai se transformando.” Adorei essa explicação dela que mostra que dependendo do momento da vida que você vive, algumas coisas vão fazer parte de você temporariamente, mas a sua marca registrada sempre vai estar lá, mesmo que encoberta. Basta um novo vento para que as coisas voltem à superfície. Desejando já uma transformação dessas não só na roupa mas na vida também!
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