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Lições de estilo por Diana Vreeland, parte I

A edição de setembro da Harper’s Bazaar americana tem uma matéria grande sobre sua maior editora – e um dos ícones do mundo da moda – Diana Vreeland. Conhecida pela personalidade forte, Diana trabalhou por 26 anos na Harper’s ( de 1936 a 1962) antes de ir para a Vogue, onde fez história. A matéria é recheada de frases de efeito, que eu tinha que colocar aqui no blog. Vou dividir em partes, pois cada uma é tão poderosa que merece reinar sozinha, cada qual em um post só para ela.

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Diana tinha uma opinião precisa em relação a estilo (sua mãe, a socialite Emily Hoffman, a vivia criticando pela sua falta de beleza) que o considerava tão primordial que não tê-lo é como não ter nada. E essa frase vai na contramão do que estamos acostumados a ouvir hoje em dia: na época do consumismo, vende-se a ideia de que uma roupa nova pode fazer milagres na sua auto-estima, personalidade ou aceitação em um grupo social. Já vi tanta coisa nesse pouco tempo que a moda se tornou realmente parte da minha vida que consigo acreditar em cada letra que ela disse. E Diana continua sua frase, que acima está pela metade: (…)“and the sort of life you had lived before, and what you will do in it later.” Ela sabia o que estava dizendo. E eu sei que é verdade.
Sobre Diana Vreeland (29 de julho de 1906 em Paris – 22 agosto de 1989 em NY): considerada um ícone da moda no mundo todo, Diana revolucionou o jornalismo de moda com seu olhar único, sua criatividade e seu temperamento. Tinha uma noção exata de como queria os editoriais: sua parceria com o fotógrafo Richard Avedon produziu fotos lendárias. Ele chegou a dizer que “Diana criou uma profissão totalmente nova, a de editora de moda.” Mas sua personalidade forte e extravagante também rende outras histórias como a de que ela demitiu uma funcionária da revista porque seus saltos faziam muito barulho  e que isso tirava sua concentração. Mas por outro lado, gostava que suas assistentes usassem bijoux que fizessem muito barulho, assim saberia quando estivessem por perto. Outra característica famosa da editora era que ela sempre almoçava um pão com pasta de amendoim enquanto tomava um copo de whisky. Em 1962 foi para a Vogue, assumindo o cargo de editora-chefe e ajudando-a a transformar na revista mais importante do mundo. Foi a primeira mulher a colocar uma peça de bikini em uma revista. É dela a famosa frase: “O biquini foi a mais importante invenção desse século após a bomba atômica.” Apesar dos ótimos salários que recebia em ambas as revistas, Diana morreu quase na pobreza e praticamente cega. Nos últimos meses de vida, deitada numa cama, recebia a visita diária do grande amigo Andre Leon-Talley, que hoje é co-editor da Vogue America ao lado de Anna Wintour, grande admiradora de Diana.

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