Fascinada como eu sou por jornais, revistas, editoração, sempre estou de olho em lançamentos, mudanças de layouts de grandes pubicações e em encontrar algo incrível que até então não conhecia. Guardo tudo que gosto, seja em versão digital ou de papel – são meus arquivo inspiradores secretos! E estou abrindo parte deles nesse post, para falar de uma tendência em mídia muito bacana: os jornais para moda e decoração, uma versão moderna do tabloide.
De repente, no mês de setembro, vi diversas publicações nessa versão mais charmosa, diferenciada – e mais barata – que a revista. Esqueça aqueles jornais que soltam tinta no dedo, com layouts sem graça e matérias idem: aqui o papel é de boa qualidade, a impressão incrível (não solta tinta, cores bem pigmentadas), layout bacana e matérias interessantes. São também fáceis de folhear, como é numa revista. Outra questão é: quando a publicação tem poucas páginas (seja porque é de uma marca/loja, um nicho bem específico, semanal ou apenas para algum evento), a revista em si não parece tão apropriada, já que o ideal é que seja recheada de folhas (algo que já pensava aaaanos atrás, quando trabalhava com isso e que agora tenho ainda mais certeza). Eu já editei jornal, já editei revista e realmente, se tem menos de 30/40 páginas, o ideal é que seja em formato jornal, que por si só já traz essa ideia de menos páginas, de uma leitura mais rápida. Sem falar que acho mais charmoso, com um quê mais informal e também original, diferenciado, já que o formato revista é o que todas marcas/empresas escolhem para fazer.
Vamos dar uma olhada nessas publicações (algumas novas, outras mais antigas) que estão ganhando destaque – merecido!
Conheci o Stiletto Daily agora, em setembro, graças a foto postada no perfil da Lanvin. O jornal que circula diariamente durante a semana de moda de Paris, estampa sempre na capa a foto da coleção/desfile de uma marca, com direito a logotipo no cantinho. É bem focado para quem trabalha com moda. Adoro o nome e a grafia do logo.
Projeto super bacana da minha amiga Claudia Ribeiro, do Grupo Evol, que abriu uma filial do escritório em NY, há poucos meses. Clau me contou que bateu na porta do Uber e ofereceu a ideia desse jornal trimestral, para todos os carros afiliados ao Uber em NY. Fecharam e a primeira edição, com Olivia Palermo na capa (tem como ser mais NY e fashionista?) estreou na semana de moda da cidade! Quero já o meu exemplar hein!
Dois jornais que adoro! O Friends eu trouxe da minha viagem na França e estou apaixonada! É a primeira publicação nesse formato sobre tableware e décor que conheço e tem muito bom gosto. Já o The Mr Porter Post eu recebo há anos via correios e é super elegante – achei genial a ideia deles de, em vez de revista de moda para um público masculino, um jornal de moda!
Não existe mais mas coloquei aqui porque achava tão bacana essa publicação da C&A! Papel de ótima qualidade, recheado de matérias, até editorial. Assim como o jornal do SPFW, distribuído diaramente no evento – coisa de anos atrás, editado pela Erika Palomino – que também tinha um ótimo papel e qualidade, sem falar na rapidez, já que no dia seguinte mostrava as fotos das coleções desfiladas no dia anterior, além de entrevistas, looks de quem passou pela Bienal…bons tempos! Eu tinha um guardado mas acho que joguei na minha última limpeza (já me arrependi).
Quem também faz publicação assim é o Pão de Açúcar; vi uma recentemente e olha, achei bem legal viu. Todas esses que citei, são com distribuição gratuita (uma marca registrada do estilo tabloide), geralmente via correios ou disponíveis nas lojas. Ah! E recentemente Victor Collor lançou o seu próprio jornal (uma extensão do seu blog), o Vic&Co Post, trimestral.
Eu tenho um projeto na gaveta dos sonhos de editar algo assim e quando fui juntando essas imagens e esses jornais, me deu vontade de montar um a-go-ra! Mas tem a questão da distribução e como meu foco não é local, complica um tanto ou tem um custo extra de correios mais gráfica.
Adoraria ver mais dessas publicações em grandes lojas/marcas, seja de moda, de decoração, aqui no Brasil. Mas entendo que por aqui o papel é caro, falta muito bom gosto no design e o custo de distribução, por ser um país tão grande, não é tão barato. Mas acredito que a mentalidade está mudando e as pessoas e também as empresas estão mais interessadas em um visual e uma comunicação bacana. Enquanto isso, guardo todos esses com o maior cuidado, pois vem ano, passa ano, eles ainda me inspiram e muito!
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