Não era meta de ano novo, nem fiquei pensando antes de simplesmente fazer o que não imaginava que teria um dia coragem: me desfiz de quase todas as revistas de moda que tinha no escritório, empilhadas ao longo de muitos anos.
Sempre fui fã de revista, hábito que veio de casa, onde sempre se assinou diversas delas (morando num sítio na praia, a 30 km do centro da cidade, era algo que me entretia). Comecei a comprar Capricho, com meu próprio dindin, com uns 12 anos. Depois veio Elle, Vogue, até que passei a assinar também. As revistas sempre me serviram de guia não só pela informação mas também pela diagramação, que foi essencial para o meu trabalho. Pois bem: com a era digital, ficou muito mais fácil ter toda essa inspiração através de assinaturas digitais, pinterest, sites e instagram. Hoje coleciono imagens e editoriais nos meus aparelhos, que estão comigo em todo lugar. Isso foi um dos motivos cruciais para eu começar a desapegar das versões impressas.
A segunda leva, que era considerada intocável: revistas mais antigas, de 2005, 2006, 2010 que achei que nunca iria me desfazer. Bastou uma leve folheada e ver que sua função já tinha sido realizada! Não tinha mais porquê eu manter elas
Então, há uns 3 ou 4 anos, passei a me desfazer das edições do último ano, com algumas ressalvas. Ano passado, o desapego foi mais hard: como comecei a assinar o Go Read, da Abril, me vi passando pra frente uma coleção da Estilo, Elle, além das Vogue e Glamour. Encontrei um rapaz que compra essas edições para revender pela internet, aí resolvi meus problemas de uma só vez: ele vem e retira e ainda paga para levar. Esse ano, depois de separar 40 exemplares de 2017, resolvi rever as mais antigas e não deu outra: ao todo foram mais de 80 revistas embora.
Ainda guardo as super especiais, como essa edição de 2004 da Elle Americana
Aqui, uma pilha de revistas em que eu saí (seja foto ou alguma matéria feita por mim) + um ou outro jornal de lojas/marcas que ainda me animam a ter o meu e as revistas em formato travel size, minhas preferidas
Tesouro: essa edição de 2003 da Vogue especial Gisele é inteirinha dedicada a ela e uma das publicações mais lindas que já vi
A pilha encolheu: aqui eram 3 pilhas bem mais altas, agora só ficou uma, com meia dúzia
Daqui a pouco posso unir tudo em um só aparador! Porque ainda tenho uma pilha generosa pra rever
Não nego que elas faziam um papel bem decorativo no meu escritório, mas me sinto tão madura ao me desfazer de algo que achava que ainda tinha um peso daqueles na minha vida! Adoro uma revista de papel e se não fossem tão caras, compraria todas que gosto, todo mês. Mas com o blog, a versão digital é mais prática para transformar em posts e replicar nas redes sociais.
E o futuro das publicações, como será que fica? Fico muito chateada quando vem a notícia de que tal publicação está encerrando…a última foi a Estilo, em dezembro. Eu sou a favor de edições quinzenais ou semanais, mais enxutas e acessíveis – a mensal parece que leva anos pra chegar! Porque nem toda a informação na internet substitui uma boa edição, diagramada e cheia de coisas lindas, de uma revista.
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