
Se nos contasse há alguns meses que estaríamos vivendo essa realidade de pandemia, quem acreditaria? O mundo foi parando por causa desse vírus e mesmo a gente sabendo que chegaria nossa vez, nada como a probabilidade acontecendo para nos chocar. Na primeira semana (de 17 março, eu já estava há alguns dias sem sair de casa) eu só quis me informar (ao mesmo tempo que isso também gerou uma certa angústia) e qualquer assunto que não fosse isso, parecia fútil, fora da realidade, meio que sem noção mesmo. Passado esses dias e mais ajustada à rotina, estou voltando aos poucos a me interessar pelos assuntos de antes e por isso o blog vai voltar – nunca fiquei tantos dias sem postar aqui – mas sei que vamos entrar numa fase mais difícil agora em abril e as notícias vão voltar a assustar.
Estou há duas semanas na casa da praia justamente por ser casa, com jardim, varandas – deixei para trás o apartamento de 90 m2 na cidade grande. É bom por um lado mas por outro minha produtividade aqui é o mínimo do mínimo. Sinto falta do meu escritório. Mas não estaria em paz também sozinha lá.
Eu sempre adorei ficar em casa e há mais de 10 anos tenho home office, então se eu precisar ficar 3 meses saindo só para farmácia e mercado, não vai me afetar tanto. Mas a questão é que gente não sabe se vai durar 3 meses – se for pensar, é pouco tempo, mas que agora parece uma eternidade – e muito menos como vamos sair dessa, tanto no sentido prático da coisa como pessoas. Nada será como antes. Quando teremos coragem de ir a um show novamente?
Espero que vocês estejam lidando bem com essa nova realidade, que sejam conscientes da situação e das consequências – a meu ver, não é hora de polemizar, ser agressivo com opiniões, é melhor baixar o tom – está todo mundo assustado, sensível, é um momento delicado. Também não vou ficar dando listas do que fazer enquanto se está em casa: “passe uma máscara no rosto”, “filmes e séries para assistir”, “faça exercícios em casa”, “leia dezenas de livros e faça mil cursos” isso tudo me parece tirado de uma página de revista de adolescente. Tenha seu tempo – cada um sabe a rotina que tem e que lhe cabe – mas só aconselho a não desperdiçar todo ele para não se arrepender.
Precisava de uns dias off aqui para me realinhar na nova realidade e também queria dar esse tempo para vocês – tudo é muito novo, um tanto assustador e a gente está confuso com tanta informação e com o que estamos sentindo. Mas também quero (e preciso) voltar aos posts para uma dose de distração para vocês e para mim.
Fiquem bem. E que dias melhores venham logo.
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